quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Origem do dia dos namorados
No Brasil, a data é comemorada em 12 de junho por ser véspera do Dia de Santo Antônio, santo (português) com tradição de casamenteiro.
As origens do Dia dos Namorados são cheias de mistério. Uma das teoria dos estudiosos que explica o dia 14 de fevereiro como sinônimo de romance é a teoria do Banquete Romano de Lupercália. Essa era uma celebração pagã da fertilidade, que reverenciava Juno, a rainha das deusas e dos deuses romanos e a deusa das mulheres e do casamento, acontecia no dia 14 de fevereiro, um dia antes de o banquete começar. Durante a celebração, as mulheres escreviam cartas de amor, também conhecidas como bilhetes, e as deixavam em uma grande urna. Depois, os homens de Roma tiravam um bilhete da urna e apaixonadamente saíam em busca da mulher que havia escrito a mensagem que escolheram. Naturalmente, o costume de escolher os namorados por meio de sorteios continuou até o século XVIII, chegando ao fim quando as pessoas decidiram que preferiam escolher seus namorados.
Também existem algumas controvérsias em relação a São Valentim, que é homenageado nesse famoso dia. Arqueólogos, que descobriram uma catacumba romana e uma antiga igreja dedicada a São Valentim, não sabem ao certo se havia um único Valentim ou mais de um. Hoje em dia, a Igreja Católica reconhece pelo menos três santos diferentes chamados Valentim ou Valentino, e todos eles foram martirizados no dia 14 de fevereiro - dois deles na Itália, no século III. O candidato mais popular a São Valentim foi um padre romano daquele mesmo século, que praticava o cristianismo e realizava casamentos secretos contra as ordens diretas do Imperador Claudius II, que acreditava que soldados solteiros estariam mais propensos a se juntarem ao exército. Diz a lenda que Valentim enviou a uma amiga (a filha do carcereiro) um bilhete assinado "De seu Valentim" ("From Your Valentine") antes de ser executado, em 14 de fevereiro de 270 d.C. Essa frase ainda é bastante usada nos cartões de hoje nos EUA!
Os antigos cristãos ficaram mais felizes com a idéia de haver um feriado em homenagem ao santo das causas românticas do que um em homenagem a uma celebração pagã. Em 496 d.C., o Papa Gelasius consagrou o dia 14 de fevereiro em homenagem a São Valentim como o santo patrono dos apaixonados. Em 1969, o Papa Paulo VI tirou isso do calendário. No entanto, a mistura da celebração romana e do martírio cristão já havia se tornado popular, e o Dia dos Namorados tinha chegado para ficar. E, em muitos países, o Dia dos Namorados é chamado também de Dia de São Valentim.
Os primeiros cartões escritos
Na Europa, mensagens faladas e cantadas começaram a ser substituídas por cartas no século XV. Acredita-se que o primeiro cartão de Dia dos Namorados tenha sido escrito pelo prisioneiro Charles, o Duque de Orleans, em 1415. Dizem que ele passava o tempo escrevendo versos românticos para sua mulher. No século XVI, os cartões já eram populares.
Como eram os antigos cartões?
Os antigos cartões eram feitos à mão, com papel colorido, aquarela e tintas coloridas.
Apesar dos cartões fabricados, cada vez mais os belos cartões feitos à mão eram pequenas obras de arte, ricamente decorados com seda, cetim ou renda, com flores ou plumas e até mesmo com folha de ouro. E muitos deles tinham o Cupido, o querubim de duas asas filho de Vênus, o verdadeiro "mascote" do Dia dos Namorados.
Alguns dos presentes mais inusitados foram criados por marinheiros solitários durante a Era Vitoriana. Eles usavam conchas do mar de vários tamanhos para formar corações, flores e outros desenhos ou as colocavam sobre caixas em formato de coração.
Símbolos do Dia dos Namorados
Não é difícil imaginar a ligação entre o coração e o Dia dos Namorados. Afinal, antigamente acreditava-se que o coração era a fonte das emoções. Depois, ele passou a ser associado unicamente ao amor. Mas hoje sabemos que o coração é, basicamente, o órgão que mantém o sangue circulando por nossos corpos.
Não se sabe quando o formato de coração do Dia dos Namorados se tornou o símbolo do órgão coração. Alguns estudiosos especulam que o símbolo do coração usado para o romance e para o amor originou-se das antigas tentativas de desenhar um órgão que as pessoas nunca haviam visto. De qualquer maneira, aqui estão outros símbolos do Dia dos Namorados e suas origens:
• As rosas vermelhas: acredita-se que eram as flores favoritas de Vênus, a deusa romana do amor. Além disso, a cor vermelha representa sentimentos fortes;
• A renda: usada antigamente para fazer os lenços das mulheres. Há centenas de anos, se uma mulher deixasse seu lenço cair, um homem poderia pegá-lo para ela. Algumas vezes, se a mulher estivesse interessada em um determinado homem, ela poderia intencionalmente derrubar seu lenço para encorajá-lo. Então, as pessoas começaram a pensar em romance quando se lembravam de seda;
• Os laços de amor: têm uma série de curvas e arcos entrelaçados, sem começo nem fim. Como um símbolo do amor eterno, os laços de amor eram feitos com fitas ou desenhados em um papel;
• Os pombos: conhecidos como "pássaros do amor" porque andam em pares e estão sempre bem próximos um do outro, como os namorados fazem. Os pombos são símbolos de lealdade e de amor porque os casais ficam juntos pela vida inteira e cuidam de suas crias juntos.
Passou a ser mais fácil enviar cartões pelo correio em meados dos anos 1800, quando o serviço postal moderno lançou o envio que custava um centavo. Até essa época, a postagem era tão cara que a maioria dos cartões era entregue em mãos.
Outras tradições do Dia dos Namorados
Várias tradições interessantes no Dia dos Namorados foram sendo criadas ao longo do tempo. Por exemplo, há centenas de anos, na Inglaterra, crianças se vestiam como adultos no Dia dos Namorados e andavam de porta em porta entoando canções. No País de Gales, colheres de madeira, entalhadas em formato de chave, fechadura e coração, eram dadas de presente.
A entrega de flores no Dia dos Namorados provavelmente vem desde o início dos anos 1700, quando Charles II da Suécia trouxe para a Europa a poesia persa chamada "a linguagem das flores". Ao longo do século XVIII, textos sobre flores foram publicados, permitindo que fossem contados segredos sobre lírios ou violetas. Além disso, muitas conversas giravam em torno de buquês de flores. Quanto mais populares as flores se tornavam, mais tradições e significados foram sendo associados a elas.
A rosa, que representa o amor, provavelmente é a única flor que tem um significado universal. A rosa vermelha ainda é a flor mais comprada pelos homens para suas namoradas. Atualmente, tornou-se costume as pessoas comprarem a flor preferida de seus namorados ao invés de, automaticamente, escolherem as rosas. Algumas das flores favoritas para o Dia dos Namorados são as tulipas , os lírios, as margaridas e os cravos.
Entre os antigos presentes de Dia dos Namorados estão os doces, normalmente chocolates entregues em caixas em formato de coração. Algumas fábricas de chocolates finos fizeram que chocolates de alta qualidade, com formatos artísticos e em embrulhos elegantes, se tornassem um presente tradicional no Dia dos Namorados.
Hoje em dia, praticamente qualquer coisa pode ser um presente de Dia dos Namorados - só depende da preferência de quem vai receber.
Naturalmente, os chocolates e as flores não substituíram cartões cuidadosamente escolhidos no Dia dos Namorados. Desde 1915, as grandes papelarias produzem cartões de diversas formas, tamanhos e com os mais variados escritos e desenhos. Embora exista essa grande indústria de cartões, algumas pessoas gostam de fazer seus próprios cartões. Os cartões modernos do Dia dos Namorados estão cada vez mais sofisticados, acompanhando os avanços tecnológicos populares. Por exemplo, existem cartões que permitem a gravação de uma mensagem de amor, cartões perfumados e cartões que tocam músicas românticas.
(Fonte: agenciapar)
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